Quase-ex-frustrado-futuro-jornalista

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Dançarino com muito orgulho, filho da Dona Marina e do Seu João. Irmão do Ned´s, Caçapa, Suli e Silu. Tio babão do Miguel. Criador ta técnica popular de danças de salão e da Incomodança. Agora estudante de publicidade. Já dá prá ter uma idéia né??

sábado, 12 de junho de 2010

Trabalho final de Ciber Cultura, 4o Período - Uma história de tango

Há muito tempo venho querendo iniciar uma série de entrevistas com pessoas interessantes que passam pela dança de salão. Aplicação direta das ferramentas do jornalismo. Por coincidência - ou não - tive que agilizar este processo de inércia minha por uma demanda da faculdade de jornalismo. Vai aí meu primeiro vídeo documentário com a contagiante alegria e vontade de viver/dançar da dançarina Patrícia Ladeira. Confira:

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Trabalho final Fotografia - 2o Período

Trabalho final de fotografia. 2o período de jornalismo. 2010: Caso não consiga visualizar o vídeo aqui, segue link do youtube: http://www.youtube.com/watch?v=N3rFZUbOGpQ

Trilogia de minha primeira cobertura jornalística

A professor a Daniela Serra, nos convidou para vivenciar o jornalismo. Um grupo de alunos da Puc querendo descobrir o que é o tal de jornalismo. Do meu lado aproveitei ao máximo esta bela oportunidade utilizando as ferramentas da fotografia e do texto para levar um pouco do que senti nesta oportunidade. Foram três textos postados no blog http://www.forumverdeparalelo.blogspot.com/ que vale a pena conferir. Enquanto isso faço minha propaganda oferecendo estes três textos aqui. Confira e comente.

PRESENTES NO FÓRUM

Jornalistas ou estudantes de jornalismo? Amadores ou profissionais? Cá estamos nós perante este impasse. Um grupo de alunos de jornalismo da Puc Minas convidados pela professora Daniela Serra para nos responsabilizar por um blog cobrindo um evento internacional. Novidade para todos. Dará certo? Como nos sairemos? As dúvidas, anseios e medos nos circundam e nos fazem refletir sobre como estamos levando nosso curso. Nada como uma reunião em um café para nos conhecer melhor, traçar metas e discutir planos antes de nossa cruzada rumo ao profissional. As expectativas são as melhores. Cobriremos o Fórum Internacional de Sustentabilidade e comunicação.
 Credenciais e tudo mais. Claro que muita gente arrogante deve estar se questionando agora: “E daí?”, e daí que é muito legal ter a oportunidade real de trabalhar um pouquinho, mesmo que seja em um evento tão curtinho, como jornalistas. Estudamos para isso, discutimos questões em sala, debatemos sobre o que é ser jornalista, mas poucas, pouquíssimas pessoas terão a oportunidade de exercitar as reflexões apresentadas em um passado bem recente. A vontade e a garra estão frescas em nosso desejo de fazer direito. Fazer bem feito. Não decepcionar nossa professora e mais ainda não nos decepcionar. Duplas de trabalho sorteadas, lá vamos nós. De avião ou de ônibus. Na Barra ou no Catete. Tanto faz. O jornalismo nos chamou e respondemos “presente!”



PERGUNTA DA MÃE TERRA: SUSTENTA O QUÊ?

Acontece nos dias 19 e 20 de Abril de 2010, o III Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade. Quando ouvimos sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável sempre pensamos em natureza, reflorestamento, empresas gigantes que acabam com o planeta, reflorestamento, morte de rios, reflorestamento. Ok! Não está errado, porém o fórum aborda um outro lado interessante da sustentabilidade e uma forma muito intensa. Digamos que o lado “B” da sustentabilidade: a humana. Crianças. Este é o foco de muitos dos palestrantes (para saber mais acesse o site www.comunicacaoesustentabilidade.com)

No primeiro e intenso dia, foram oito horas de palestras da maior qualidade divididas em dois tempos. No primeiro tempo, mediado por Mona Dorf jornalista de prestígio no meio, Debora Garcia do canal Cultura, Lucian Tarnowski e as redes sociais, o poeta popular Gog, o representante da Unicef, Vincent Defourny, e a prêmio Nobel da paz 1992, Rigoberta Menchú, que nos falou de amor, de gostar do planeta e cuidar das pessoas. Participante da escrita da carta da Terra, tocou a platéia de uma forma muito intensa pela sinceridade com que fala sobre sustentabilidade do ser humano.

Neste primeiro momento também ajudado pelo Gog, com uma história de luta e preconceitos, como tantos brasileiros entendi que esta sustentabilidade de que falamos passa necessariamente pela educação do ser humano e a educação ambiental e não só por atitudes pontuais em alguns problemas ecológicos e ambientais. Entendimento este que foi complementado em aspectos mais técnicos no segundo tempo dos debates.

Neste segundo tempo, mediado por Mauro Dahmer, responsável pela iniciateiva da MTV da campa nha “Desligu a TV, e vá ler um livro”, o ser humano continuou a ser o foco principal desta sustentabilidade lado “B” e do papel da comunicação em prol do resgate da humanidade do indivíduo com o discurso apaixonado e confiante do rapper Ferrez. A partir daí, começou a aparecer um outro lado da sustentabilidade, ou, lado “A”: A natureza.

Pudemos apreciar a impressionante do movimento “We can do it!”, em que o palestrante Rainer Nolvak, participante ativo deste ato, ajudou a fomentar a idéia da limpeza de um país, a Estônia. Comunicação e natureza. lado a lado. Daí veio o Tião, representante dos catadores de materiais recicláveis e toda a importância deste ofício. E em meio a tantas informações sobre os “dois lados” da sustentabilidade, tivemos uma verdadeira aula à parte do especialista nestes dois assuntos André Trigueiro.

Jornalista do canal Globo News, responsável pela série de programas Cidades e soluções, emocionou e encantou a platéia com seu discurso firme, intimidador, coerente, inflamado e apaixonado. “A mudança começa de dentro para fora”, “Cuidado com o uso das palavras sustentabilidade e desenvolvimento sustentável”, “Não existe fonte geradora de energia limpa”, “ética”, foram algumas de suas falas que marcaram. Discurso mais que perfeito sobre os dois temas em profundidade que levou a todos a uma reflexão sobre o que fazemos, de forma direta ao rapper Ferréz.

Um evento muito bem organizado e acolhedor com tantas personalidades destes dois assuntos só poderia mesmo gerar uma grande expectativa para o 2º dia.


DIA DE YUNUS E BOFF

Segundo dia do Fórum. Mesa, palestra, diversidade de opiniões, Marisa Orth como mestre de cerimônias, tudo muito harmonioso até a tradução simultânea via fone dar problemas e tirar nossa Mc. do sério. Um pequeno contra tempo que, de forma nenhuma, tirou o brilho da discussão em andamento.
No primeiro tempo do dia, mediada mais uma vez por Mona Dorf, compunham a mesa Bert Parlee, Tia Dag, da casa do Zezinho e o multi artista MV Bill, que dispensa apresentações. Intervalo nas falas para fechar de uma forma brilhante a primeira rodada: Leonardo Boff.

Leonardo Boff, o sacerdote do saber

Abrilhantando o evento com sua presença quase transcendental, Boff trouxe uma carga pesada de reflexão para o momento em que vivemos. Professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia, este grande escritor com mais de sessenta livros publicados sacudiu nossas consciências com seu discurso sobre a ética do cuidado: “É imperativo cuidar, cuidar e cuidar, não administrar”, provoca. Criando uma conexão direta sobre amor, ação e atenção com o próximo e com a terra, Boff que foi um dos contribuintes para a formatação da carta da Terra seguiu dizendo que “sustentabilidade é permitir que cada ser vivo conserve sua vida, com cooperação.
É preciso que abandonemos o consumo capital financeiro, que é limitado e passemos a consumir o capital espiritual que é infinito”. Sugere que a única saída é uma “revolução “molecular”. Não do peito para frente, mas das costas para frente, para sanar esta falta de consciência social vigente”. Seu discurso inflamado, de uma personalidade que viaja pelo mundo dando palestras e estudando o que o homem faz com o planeta, expõe que a humanidade não quer mais o meio ambiente, quer um ambiente inteiro. E termina seu discurso parafraseando um filósofo que diz que “O ser humano não aprende com a história, mas sim com o sofrimento”. Sensação final de sua exposição? O circo está pegando fogo, e não queremos sair de dentro.


Muhammad Yunus não quer ser um milionário...

...”só” quer que a miséria acabe no mundo. Em uma mesa composta por integrantes da alta sociedade empresarial brasileira, a presença de Yunus, inspirou todos os discursos. Criador do Grammem Bank, este prêmio Nobel da Paz 2006, abaixa a bandeira do capitalismo animal. Extremamente respeitado por sua genial atitude, diz que para nos sentir felizes precisamos aprender a apreciar a felicidade dos outros. Hoje o dinheiro é uma forma errada de se perceber a felicidade, logo, trabalhar deveria ser mais importante do que estudar.

Yunus usou desta confusão para incentivar a alfabetização de um país inteiro. Oferecendo créditos em seu banco, sem auxílio de grandes empresas, elevou a renda na base da pirâmide social em troca de crianças na escola. Acreditar na cultura é uma forma de investimento, acredita Yunus.





Fechando os trabalhos

Depois de tanto debate, precisaremos de um bom tempo para digerir tudo que foi dito e exposto. O problema ambiental é urgente e necessita ação. Começar já. Não há mais tempo! Mensagem forte de uma terra que não tem mais saída. Os recursos estão escassos e precisamos uns dos outros, de olhar para o lado para continuar caminhando, vivendo.

Para o final um show quase particular de Manu Magalhães, MV Bill, GOG, Jairzinho, Móveis Coloniais de Acajú e o grande astro Seu Jorge para uma platéia de pouco menos de 300 pessoas... mas que participaram intensamente. Uma forma positiva de se fechar um fórum tão denso. Muito bom, mas agora é com a gente. Cada um fazendo sua parte. Consciência, cuidado e ética!